Rádio Louvação

terça-feira, 22 de maio de 2012

CEIA

Compartilho uma meditação que minha irmã Kátia me enviou, que abençoe a todos.

I Coríntios 11.23: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei...’’
Neste texto Paulo trata da questão da celebração da ceia do Senhor.
Ele exorta dizendo que a atitude dos irmãos, nas reuniões de celebração da ceia, não mereciam louvor algum.
Quero falar de um ponto que entendo ser um dos motivos da exortação, à falta de comunhão que estava ocorrendo naquela igreja.
Estavam ocorrendo desavenças porque cada um estava procurando o seu próprio bem estar e se descuidando dos demais.
Até posso imaginar a cena, alguns chegando mais cedo, trazendo sua cesta de "pique-nick", com coisas deliciosas, enquanto outros chegando mais tarde, talvez por morarem distantes ou por não possuírem uma condição financeira tão abastada, traziam, então, uma comida mais simples ou até mesmo, nada.
Alguns comiam e bebiam até ficarem fartos e outros acabavam não se alimentando bem; uns bebiam até ficarem embriagados enquanto outros pouco ou nada bebiam.
Nesse contexto, eles celebravam a ceia do Senhor.
Quando soube disso, Paulo, imediatamente, procurou mostrar que assim eles estavam desprezando a Igreja do Senhor e envergonhando aqueles que nada tinham para trazer, então disse: “assim como aprendi de Jesus, passo a vos ensinar.”
Jesus tomou sua última ceia junto com seus discípulos, repartindo, dividindo o pão e o cálice, em um momento de amor e de íntima comunhão.
A igreja, ao cear, deve demonstrar o mesmo, amor, intimidade e comunhão, assim como o Senhor demonstrou; do contrário, estará participando indignamente, não conhecendo o que realmente é o Corpo de Cristo e o que é fazer parte dele.
O desejo de Jesus para seu Corpo, para sua Igreja, é o amor, é a união, é o ajuntamento dos santos para celebrar o seu sacrifício, a sua entrega e isso em amor e comunhão.
Em nossos dias não celebramos a ceia com festa, com comida, más o princípio ainda é o mesmo, devemos estar em comunhão com Cristo e uns com os outros para que lembremos, celebremos e anunciemos o que Ele realizou através da Sua morte, sempre na expectativa da sua volta.
Participemos da ceia em intimidade e comunhão com o Senhor, e também com os irmãos, esse foi o exemplo que nosso Mestre nos deixou, e também, o que Paulo recebeu e transmitiu.
Kátia


quinta-feira, 17 de maio de 2012

VIVER E FAZER

É muito bom, é gostoso fazer.

Deus se agrada quando fazemos algo em favor da edificação de sua igreja, Ele se agrada do nosso empenho, da nossa dedicação, más não podemos esquecer, no entanto, do viver.

O viver testifica o fazer. Sem ele tudo será inútil, tanto para testemunho quanto como oferta ao Senhor.

Será que essa verdade não tem sido um pouco esquecida?

Quando possuímos templos grandiosos e magníficos como hoje? Quando tivemos tanta diversidade de cultos e trabalhos? Todos os tipos de problemas são abrangidos! Quando tivemos tanta liberdade de expressão? Até posição política alcançamos! Até status na sociedade! O que dizer da música, dos  congressos, dos trabalhos sociais? Sem dúvida alguma nos tornamos excelentes, eficazes no fazer. Não há como contestar. Más, e o viver?

Com toda a excelência alcançada no fazer para Cristo, não podemos observar, em muitas situações e lugares, o mesmo no viver, no andar, no proceder segundo Cristo.

O mundo vê templos suntuosos e ao mesmo tempo vê a igreja disputando posição e brigando entre si, de que adianta?

A cidade vê a igreja se destacando através de eventos e outras atividades e ao mesmo tempo vê um irmão falando mal do outro, de que adianta?

O fazer tem como objetivo propagar o evangelho, anunciar a Cristo, más só impactará o mundo, só será luz, só perfumará, só dará um bom testemunho se vier acompanhado pelo viver a Cristo.

O mundo vai crer quando olhar templos enormes? O mundo vai crer quando a igreja tiver status, poder de barganha? O mundo vai crer quando fizermos coisas admiráveis ou ficarmos famosos?

Não!

O mundo vai crer quando formos um, unidos! Quando a união, o amor, o perdão, a harmonia, os ensinos de Cristo fluírem através da igreja! Aí faremos diferença! Aí uma luz brilhará através de nós! Aí não seremos vistos como mais um povo pregando sua religião, foi isso que Jesus declarou durante sua oração em João 17.21.

A união, o amor visto na igreja, primeiro para com o Senhor, e depois de uns para com os outros, é que causará impacto, é que chamará a atenção, é que fará diferença.

Devemos fazer sim, precisamos fazer sim, más nunca esquecendo que, em primeiro lugar precisa estar o viver.

Jesus não é uma religião. Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e essa verdade não será vista ou percebida somente através do fazer, más principalmente do viver, do proceder, semelhante a Ele.

Ana Cléa

terça-feira, 15 de maio de 2012

INTOLERÂNCIA

Intolerância, segundo o dicionário, é a má disposição em ouvir ou aceitar com paciência opiniões opostas às suas, falta de flexibilidade ao gosto ou vontade dos outros.

O texto de Romanos 14.1-23 trata desta questão. Compartilho alguns versículos do texto:

O que come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come; porque Deus o aceitou e o recebeu por seu.

Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.

Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.

Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo.

Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.

Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.”

Neste contexto o que estava acontecendo era que alguns irmãos entendiam que certos alimentos deveriam ser evitados enquanto outros não viam problema algum em comê-los; também, uns entendiam que determinados dias deveriam ser guardados enquanto outros não faziam caso.

Comer ou não comer, guardar dias ou não, não era o problema, pois tais questões não feriam princípios da Palavra de Deus, o problema estava na intolerância e da divisão que tudo isso estava gerando, por isso Paulo instrui qual deveria ser a atitude de todos diante de tais situações, tolerância, respeito e compreensão.

Os que comiam determinados alimentos não deveriam se considerar superiores e desprezar os que não comiam, em contrapartida, os que não comiam não deveriam condenar os que comiam, pois isso geraria divisão na igreja. Paulo, então, ensina que os que comiam faziam isso com consciência tranquila diante de Deus, aleluia! Os que não comiam, para agradar a Deus o faziam, então nenhum deveria julgar ou condenar o outro e sim ser tolerante e respeitar cada um a posição dos demais.

Hoje, a mesma situação pode se manifestar através de outras questões. Por exemplo, roupas. Muitos irmãos não usam determinadas roupas para agradar a Deus, outros as usam com a consciência tranquila, um não deve julgar o outro nem querer impor ao outro sua postura, logo, não haverá problemas. Se a atitude for de respeito e compreensão quanto a fé do outro a unidade não será abalada.

Precisamos subjugar nossa natureza, vencê-la, pela Palavra de Deus!

A tendência é querer fazer a nossa própria vontade e ainda tentar convencer os outros de que ela é a melhor, o problema de querer levar o outro a agir conforme o nosso entendimento é que ele pode não estar seguro disso, pode não ser maduro para isso, pode sentir-se desagradando a Deus e aí, como está escrivo, isso é pecado, pois não é por fé, não está sendo feito com segurança, com consciência tranquila diante de Deus, então estaremos levando o outro a pecar.

Quando não há a disposição em ouvir e aceitar opiniões opostas, quando não há flexibilidade quanto ao gosto ou vontade do outro, a comunhão e a unidade correm um sério risco e podemos ter a certeza de que Satanás sabe muito bem disso, então devemos ter muito cuidado.

Paulo questiona:

“Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.”

Não tente impor ao outro sua posição; lute sempre pela unidade no Corpo de Cristo; cuidado para não ser um agente de divisão na igreja ou confusão para a fé de outros.

Respeitar a fé e a opinião do outro, e se preciso for, pelo bem do outro e da unidade, deixar certas práticas ou atitudes de lado, esta é a instrução, claro, em todas as questões que não envolverem princípios da Palavra do nosso Deus.

Que o nosso Senhor Jesus conceda sabedoria a cada um de nós.

Ana Cléa