Rádio Louvação

quinta-feira, 25 de março de 2010

Um só corpo

Romanos 12.5: assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros....

Jesus nos ensina que como crentes, pertencemos a um único corpo, o corpo de Cristo. Infelizmente, muitas vezes sem perceber, por existirem muitas denominações, acabamos procedendo de forma diferente. Muitas vezes pregamos o evangelho para que as pessoas venham para nossas igrejas e ela fique cheia, oramos para que a nossa denominação seja abençoada e bem vista não nos importando se as demais estão sendo motivo de escândalo. Criticamos as outras denominações com dureza, quando cometem algum erro, como se não estivéssemos nada a ver com a situação. Esquecemos que somos todos "um só povo". Esquecemos que quando um é honrado, todos são, mas quando uns escandalizam, da mesma forma todos são colocados no mesmo patamar.
Quando meu pai sofreu o acidente de carro e ficou muito doente, aprendi na prática o que diz a passagem bíblica acima.
Não vou especificar cada situação para não me prolongar, mas o Senhor, mesmo antes de tudo acontecer, mostrou em visão o acidente e levantou irmãos para intercederem pela vida do meu pai, irmãos estes, que oraram o tempo todo até meu pai ser reestabelecido.
Deus usou irmãos de várias denominações. Irmãos mais maduros, mais velhos na fé, mais novos na fé, irmãos mais chegados e outros nem tanto.
Naquele momento não houve separação; naquele momento todos foram extremamente importantes e suporte para nossa família. Como foi encorajador e consolador saber do amor e das orações de todos estes irmãos! Sou grata a cada um e oro agradecendo a Deus pela vida de cada um.
Com tudo isso aprendi que o Senhor levantou irmãos de muitas denominações para me ensinar de maneira prática que para Ele nós somos como um só. Deus não nos vê separados, Deus não nos vê como vários corpos de Cristo, nós é que agimos assim muitas vezes, mas para o Senhor somos apenas um povo que precisa uns dos outros.
Após esta experiência posso declarar com alegria que amo e que preciso de todos os meus irmãos, estejam eles na denominação em que estiverem. Também posso agradecer a Deus por saber que posso contar com todos quando precisar.
Somos um só povo, fazemos parte do mesmo time, fazemos parte do mesmo exército. Temos apenas um inimigo, o inimigo de nossas almas, e é contra ele que, juntos, devemos lutar.
Que possamos ser unidos de coração e espírito; que não venhamos a lutar uns contra os outros; que mesmo em denominações diferentes, possamos sempre orar e lutar uns pelos outros, unindo nossas forças, não para lutarmos uns contra os outros mas para lutarmos contra nosso verdadeiro adversário.
Obrigada Partor Altair e irmãos da Igreja do Evangelho Quadrangular pelo amor e orações.
Obrigada irmã Efigênia pelo empenho e luta na oração.
Obrigada irmãos das Igrejas Deus é amor e Só o Senhor é Deus, pois sabemos das suas orações.
Obrigada minha sogra, Igreja da Graça, pelas orações.
Obrigada Pastor Adriano, da Igreja Batista na qual congrego, pelas orações e carinho.
Obrigada Pai, em nome de Jesus, pela vida de cada um destes preciosos irmãos.
Ana Cléa

domingo, 21 de março de 2010

Somente pelo Sangue

Durante a semana que passou, em um momento de oração, eu estava louvando ao Senhor e meditando na sua grandiosidade. Pensava em como Deus é Poderoso e Soberano e como eu sou tão pequena e pecadora e ainda assim, Ele olha para mim e me concede sua mão estendida, sua Presença, sua comunhão. Foi quando o Espírito do Senhor ministrou ao meu coração algo que eu sabia há muito tempo, algo que eu já havia aprendido há muito tempo, algo que eu já havia ensinado muitas vezes, mas que naquele momento eu pude sentir. "Eu sempre vou ser, por mim mesma, suja diante de Deus, manchada pelo pecado, impossibilitada de estar em sua santa Presença!" Isso me levou a chorar diante da minha situação, diante da situação de todo o homem, que tristeza senti pela situação da humanidade diante de Deus! O Espírito continuou "Não há nada que você possa fazer, por melhor que seja, que poderá mudar esta situação. O que faz você ter acesso a Deus, o que faz você poder entrar na sala do trono com ousadia, o que a torna filha de Deus é, somente, o Sangue de Jesus. Deus não olha você, Deus nunca olha você por você mesma, Ele olha o Sangue de Cristo em sua vida. Quando Ele olha para você não é sua justiça que Ele vê, mas o Sangue do seu Filho em você e sempre será assim."
Como é maravilhoso quando o Senhor nos leva a viver, a esperimentar em um nível de percepção mais elevado, algo que já conhecemos a respeito dEle.
Agora sei, de maneira mais perceptível a mim mesma, que só posso me achegar a Presença de Deus, seja na oração ou em qualquer outra situação, fiada no Sangue, levando o Sangue, sendo precedida pelo Sangue precioso de Jesus.
O nosso passaporte para o céu é o Sangue, a nossa entrada no céu é mediante o Sangue.
Graças a Deus pelo Sangue de Jesus, Graças a Jesus que nos presenteou com seu Sangue, graças ao Santo Espírito que nos lembra: "Somente pelo Sangue"! Obrigada Senhor por sua incomparável graça.
Ana Cléa

terça-feira, 16 de março de 2010

Em tempo oportuno

No início do mês de março, retornei com minha família à Itá. Estávamos em Curitiba, e fomos visitar o Parque Barigui, onde meu filho Daniel viu uma pipa e foi logo pedindo “papai compra uma pra mim” resisti no inicio, mas logo cedi aos apelos dele. Compramos uma pipa em forma de águia.
Fomos empiná-la, mas para nosso desespero, nada de vento. Insistimos e logo fomos recompensados por uma leve brisa, que logo tornou-se um vento de boa velocidade e conseguimos nos divertir.
Antes de retornarmos para Itá, compramos outra pipa, para levar de presente para o Rafael, meu sobrinho, então, num final de tarde resolvemos ir empinar as pipas. Por sugestão dos dois (Daniel e Rafael) fomos ao campo da escola. O vento era bom, mas como o campo era rodeado de árvores, acabou que no campo o vento era mínimo. Decidi empinar na rua próxima ao campo e a zona rural, por não possuir cabeamento elétrico. Esperei por uma leve brisa e logo empinei a pipa do Daniel, mas tinha um problema estávamos muito próximos das árvores, qualquer descuido poder-se-ia enroscar a linha num galho de árvore e teríamos uma tragédia em termos de controle e resgate da pipa.
Então, passei a o controle da pipa ao Daniel e disse: “Filho, controla a pipa e cuide para não enroscar nas árvores, enquanto o papai vai ajudar o Rafael empinar a dele”. Por um momento fui ao campo onde o Rafael insistia em empinar a pipa, sem êxito, por não haver vento. Comentei com ele: “vamos até a rua, o Daniel já está com a dele no ar”. Dirigimos-nos à rua, e ao chegar junto de meu filho, o vi com o rosto preocupado, com uma expressão de não consegui fazer o que me pediu, me olhou e disse: “papai, não consegui controlar e ela enroscou na árvore. Perdi minha pipa” em tom desolado.
Por um tempo tentei desenroscar a linha, porém, em vão. Então, parti para uma segunda estratégia, pedi emprestada a pipa do Rafael e procurei enlaçar a linha da outra, consegui, mas o vento era forte e acabou por partir a linha da pipa do Rafael, embrenhei-me mato adentro para resgatar, agora, a pipa do Rafael. Uma vez resgatada, desisti da idéia de enlaçar novamente a outra pipa, nisso, meu filho deixa escapar a linha e vê suas esperanças esvanecerem diante do fato, no entanto, a pipa fica presa no topo da árvore pelo carretel. Olhei, desanimado, porque a priori a única forma de resgate seria subir na árvore. Analisei a possibilidade, o tipo de árvore, a altura e conclui que não valia o risco o resgate. Nessa altura meu filho, já estava em casa lamentando-se para sua mãe, que segundo ela, desabafou “deu tudo errado”.
Fiquei triste por meu filho, primeiro por ele perder o brinquedo e segundo, por me sentir impotente para o resgate de seu brinquedo. Tentei consolá-lo, dizendo: “Não esquenta filho, o papai compra outra para você, assim que retornar a Curitiba”. Contudo, eu estava desolado. Fui tomar chimarrão com minha esposa e familiares e de nossa área podia enxergar a pipa a deslizar ao sabor do vento. Estava tão alta e sua forma de águia parecia desafiar-me a resgatá-la. Passado esse momento, juntou um bom número de garotos ao redor da árvore tecendo formas de resgatá-la, no entanto, a prudência recomendava não subir na árvore em questão, principalmente sem equipamento apropriado para escalar. E graças a Deus, ninguém ousou subir.
Mais tarde, comentei com minha esposa: “à noite o vento pode diminuir sua intensidade, até mesmo parar e certamente ela não terá sustentação e cairá. Dependendo do local e tempo certo, pela manhã poderei efetuar o resgate dela”. Então, pela manhã chamei meu filho, tomamos um banho “acorda preguiçoso” em seguida fui deixá-lo na escola. Não lhe contei meus planos “caso não conseguisse resgatar a pipa, não teria alimentado esperanças”. Contudo, eu estava obstinado a resgatar a pipa. Despedi meu filho para aula e fui à busca da pipa. Chegando ao local presumível que ela tivesse pousado, constatei que a mesma estava presa a uma árvore de pequeno porte, quase a altura das mãos. Fiz o resgate dela, levei para casa e deixei-a exposta na área para que meu filho pudesse vê-la ao chegar da escola e eu pudesse ver a alegria nos olhos dele ao ver sua pipa resgatada.
O episódio remeteu meus pensamentos às estratégias de Deus no resgate: de vidas, de situações adversas, de relacionamentos... Tantas vezes pensamos que pessoas, situações, relacionamentos não tem mais solução, é caso perdido. Olhamos os fatos, analisamos as possibilidades e concluímos que é impossível. No entanto, Deus nos ensina que o inatingível, por vezes, fica ao alcance das mãos. Basta esperamos o tempo oportuno.

Ivan Aralde